quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

3% (três por cento) - Breve análise

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    Recentemente saiu a primeira série brasileira original da Netflix, e olha, não esperava muita coisa não, mas me surpreendi.
 
    Sinopse: Em um cenário distópico, os 20 anos de idade todo cidadão do continente, lugar do qual todos levam uma vida miserável, tem o direito de participar de um processo para morar no Maralto, onde tudo é abundante. Testados por provas psicológicas e físicas, apenas 3% dos candidatos são aprovados.

   Criada por Pedro Aguilera e com direção de Cesar Charlone (indicado ao Oscar em 2004 pela direção de fotografia de Cidade de Deus), a série é baseada na websérie lançada em 2011 no youtube. Com um baixo orçamento (cerca de 10 milhões), 3% se supera na fotografia e efeitos, um bom sci-fi a princípio, levando em conta o fato de que é apenas a primeira série brasileira original Netflix, em sua despretenciosa primeira temporada. 

    O enredo crítico não é o mais original, por conta da semelhança com as sagas distópicas, like a Jogos Vorazes e Divergente, teria sido um grande diferencial se tivesse sido produzida a anos atrás, como a websérie. Os diversos momentos de tensão estão nas provas elaboradas pelo processo, são muitos testes psicológicos que colocam dilemas sobre questões morais. O que leva a uma reflexão sobre a moral humana e a que ponto chegamos para ter o que queremos. Cada episódio aprofunda-se na história de cada personagem, a história envolve do começo ao fim.

    A direção de atores é o ponto mais fraco da série, algumas atuações do elenco secundário remetem a Malhação. Mas o elenco principal salva essa questão, destacando a atuação de João Miguel (Ezequiel) e Vaneza Oliveira (Joana), entre outros. A série falha em alguns diálogos, atuações e também nos clichês, como as roupas das pessoas do continente, bastante forçado. Mas ganha nos diversos plot twists e nas histórias dos personagens e suas reviravoltas.

     A Netflix disponibilizou a série em 190 países em sua plataforma de streaming. Gostei bastante, é um bom início para a produção brasileira de séries, e acredito que há mais potencial  ainda para segunda temporada, já confirmada na CCXP. 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Deadpool, o Mercenário Tagarela. (Review)

BAD ASS.
SMART ASS. 
GREAT ASS.

      Wade Wilson (Ryan Reynolds) tem câncer e está prestes a morrer. Para tentar se curar e ficar com a mulher que ama (Morena Baccarin), ele recebe a proposta de se alistar em um programa clandestino que catalisa os genes de uma pessoa até que uma mutação aconteça em seu DNA - ou ele morra.



    A direção é do novato em longa-metragem, Tim MillerO filme é extremamente divertido, tanto pela comédia, quanto pela ação. Baseado na história em quadrinhos de mesmo nome, os diálogos do filme foram escritos por Rhett Reese Paul Wernick (roteiristas de Zumbilândia) então dá pra entender a qualidade do texto. Mas vale um adendo, pra quem gosta de um roteiro original não é muito o caso desse filme, entretanto vale muito a pena, o diferencial fica por conta da narrativa afiada.
   Ryan Reynolds conseguiu se redimir, só podemos conferir esse filme depois de tanta insistência do mesmo e do diretor, o que compensou muito, afinal. É possível perceber claramente o desejo de estar fazendo isso pela maneira em que Ryan interpreta o personagem; fã declarado do anti-herói, o ator participou da produção, e também já o havia interpretado em X-Men: Origens (Mas esse fato a gente pode esquecer). 
  Outro ponto positivo é que a trama conta com dois personagens do universo X-Men, Colossus e Negasonic Teenage Warhead, que aparecem em alguns momentos para ajudar Deadpool, e mesmo depois de tantos insultos, Colossus ainda tenta recrutar o anti-herói, o que rende muitas risadas.
   Muito provavelmente vai ser a melhor comédia do ano, e a melhor que eu assisti em muito tempo; tem até quebra da quarta parede, isso mesmo, em algumas cenas de ação o personagem simplesmente pausa tudo e começa a conversar com o expectador. Com um humor ácido, o filme é cheio piadas o tempo todo, incluindo com o próprio filme, Fox, Marvel, X-men, o antigo papel de Reynolds como Lanterna-Verde (Podemos esquecer esse fato também), Hugh Jackman, entre outras zoeiras e referências.

Eu durante o filme todo.

 Uma última observação muito importante: Como sempre, esperem a cena pós-créditos!

           

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Star Wars ep.VII - O despertar da força (A FORÇA ESTÁ ENTRE NÓS NOVAMENTE!!!)

A long time ago in a galaxy far, far away...

   Depois de tanto tempo, podemos finalmente assistir o tão aguardado, desejado, divulgado e venerado episódio VII. O filme se passa 30 anos depois de O retorno do jedi, a trama principal é o paradeiro desconhecido de Luke, que se isolou ao pensar que falhou ao treinar Kylo Ren, e a luta da Resistência (antiga Aliança Rebelde) contra a Primeira Ordem (antigo Império Galáctico). Protagonizado por Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega), Poe Dameron (Oscar Isaac) e o dróide BB-8 (muito fofo, diga-se de passagem), com a ajuda dos personagens icônicos Han-Solo (Harrison Ford) e Chewbacca. No decorrer da trama vamos reecontrando outros personagens épicos como Leia (Carrie Fisher) e os dróides C-3PO e R2-D2.


    É um prazer enorme participar dessa geração nova de amantes de Star Wars, porque realmente é uma obra tão fantástica que tem o poder de sempre estar inovando e lançando novas histórias, podemos perceber isso claramente no universo expandido composto por séries de tv, livros, jogos, quadrinhos e etc. 
   Mas vamos ao que interessa, desta vez quem dirigiu o filme não foi George Lucas,  como em quase todos os filmes, mas sim, J.J. Abrams, que escreveu o roteiro junto com Lawrence Kasdan, o roteirista de O Império contra-ataca . E vou dizer, que a franquia ficou em excelentes mãos, a direção conseguiu pegar a essência da trilogia clássica e trazer para essa nova, usando também aspectos de roteiro muito parecidos com os do episódio IV. Outros elementos que ligam emotivamente o episódio VII com a trilogia clássica, são cenas como a que Han e Chewie encontram a Millennium Falcon com Rey e Finn, por exemplo.
   O elenco novo ganha muito respeito, Daisy Ridley, como uma forte protagonista feminina, a heroína da vez e John Boyega, protagonista negro/ex-stormtrooper/alívio cômico que sabia manusear um sabre de luz, muito bem Finn! E do elenco clássico, nem preciso falar nada... 
  Ao lado da Primeira ordem, aparece o vilão Kylo Ren (Adam Driver) à princípio temido, mas que mostra-se em conflito com si mesmo ao tirar a máscara, trata-se de um personagem desequilibrado, mas acredito que seja proposital, ao completar seu treinamento veremos um desenvolvimento de Kylo ao longo da trilogia, principalmente depois de um ocorrido fundamental durante o episódio VII, poderemos encontrar um Kylo mais avançado como vilão. 
  Como a maioria das produções Disney, em termos de direção de arte, fotográfia e efeitos especiais a produção é impecável, fora os diversos cenários, variados a todo instante. Trilha sonora linda de John Williams, com novidades e parte da trilha original da trilogia clássica.
   J.J. Abrams fez um trabalho sensacional, O despertar da força é realmente um despertar, em vista de que a trilogia moderna não agradou a maior parte dos fãs, Star Wars em sua essência está de volta, e para nossa alegria oferece um final emocionante e com continuidade que aperta ainda mais a nossa expectativa para o episódio VIII.
     

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Cidades de papel, de obra literária para cinematográfica

    Cidades de papel é adaptação da obra de John Green, de mesmo nome. Conta a história de Quentin Jacobsen (Nat Wolff) um jovem introvertido que mora ao lado de Margo Roth Spiegelman (Cara Delevingne) por quem é absurdamente apaixonado desde a infância. Após anos sem se falarem, eles reativam a amizade quando Margo inesperadamente entra no quarto de Quentin durante a madrugada, e o propõe um plano de vingança. Juntos passam uma madrugada intensa e arriscada realizando o plano. Na manhã seguinte, a garota some e começa o grande mistério da trama. 


      Certo, se você está procurando um romance adolescente clichê, pare por aqui. John Green não é conhecido por seus finais "felizes", quem conhece as obras sabe do que eu estou falando. Cidades de papel está de certa forma bem fiel ao livro, é claro que aspectos seriam inseridos e outros tirados, isso é normal, um filme nunca será inteiramente fiel ao livro (todo mundo sabe disso). 
      Algo que me deixou muito animada, foram as diversas referências a elementos da cultura pop presentes no filme, coisa que não tem no livro, mais um ponto positivo pro filme. O que mais chama atenção no filme, é que a trama principal acaba explorando e focando mais a relação de cumplicidade de Quentin com, seus dois melhores amigos, Ben (Austin Abrams) e Radar (Justice Smith), que também constrõem as cenas mais divertidas e engraçadas. 
      A maioria do elenco estava ótimo, Nat Wolff conseguiu interpretar muito bem o Quentin que imaginei quando li o livro. Por outro lado, Cara Delevingne não me agradou muito, a representação dela de Margo quebrou minhas expectativas.
     Eu gostei muito do filme, tanto quanto do livro, uma história aparentemente simples e com aspectos que nos levam pensar que é algo comum, e depois percebemos que os detalhes da trama mudam tudo e nos trazem algo muito diferente do que sempre vimos, por isso gosto tanto de John Green. Adoro o fato de que as mudanças da adaptação deixaram a história ainda melhor do que já era! 


domingo, 21 de junho de 2015

AGORA O PARQUE ESTÁ ABERTO!!! Jurassic World - O mundo dos dinossauros


    Eai pessoal!!! Tudo bem? Pois bem, semana passada eu assisti Jurassic World, sim, estou postando isso super atrasada, mas enfim, antes tarde do que nunca.

    Reboots... Vou dizer pra vocês que a idéia dessa palavra sempre me irritou, diante de tantas refilmagens mal sucedidas no cinema. Entretanto, porém, toda via, parece que finalmente essa idéia está me deixando feliz. Depois de Mad Max, agora temos Jurassic World para nos deixar agradavelmente surpreendidos.

    Sinopse: A trama começa no parque já aberto, localizado na ilha Nublar, mesmo cenário de Jurassic Park. É como um parque de Orlando com dinossauros de verdade, intitulado de Jurassic World. Com 10 anos de funcionamento, o número de visitantes é enorme, até as pessoas começarem a se cansar dos mesmos dinossauros. Então a equipe de geneticistas chefiada pela doutura Claire (Bryce Dallas Howard), resolvem criar um híbrido, o Indominus rex.

    A ligação de Jurassic World com Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros é incrível, as referências dão um ar nostálgico e emocionante. A produção de arte é extremamente eficiente e alucinante, se já tinhamos esse sentimento com Jurassic Park, imaginem com a tecnologia de ponta de hoje em dia. (O 3D não foi tão significante, mas se possível, recomendo muito assistir em IMAX)
    A ótima direção do quase desconhecido Colin Trevorrow foi surpreendente, em vista de que  o primeiro e segundo filme de Jurassic Park tenham sido dirigidos por Steven Spielberg, que dessa vez ficou por conta da produção. Não posso esquecer de mencionar a trilha sonora épica de Michael Giacchino que estava sensacional, SENSACIONAL!
    Dá pra perceber que Chris Pratt como Owen Grady é o destaque entre todo o elenco, principalmente pela relação do seu personagem com os velociraptors, sub-trama essa muito bem constituída, tanto pelos roteiristas quanto pelo ator de Guardiões da galáxia. Outra sub-trama interessante, embora não tanto explorada são os subrinhos de Claire, Gray (Ty Simpkins) e Zach (Nick Robinson) a separação dos pais, a ida ao parque... O filme, na verdade tem diversas tramas e sub-tramas, que compõem o universo de Jurassic World, aventura, drama, comédia (o ar cômico é muito bom), etc; o que é um ponto positivo, pois não é para um público único, entretanto, os amantes de dinossauros serão os mais satisfeitos, isso é fato.
    Jurassic World é uma verdadeira homenagem a Parque dos dinossauros que, depois de duas sequências de certa forma fracas, conseguiu reestabelecer a franquia e produzir algo à altura do primeiro filme.

    Mas teve um ponto que me deixou cabisbaixa quanto ao filme Jurassic World, que foram os resistentes e impossíveis sapatos da doutora Claire (risos).  Fora isso o resultado foi excelente e brilhante, que merece todos os recordes que vem batendo.